segunda-feira, maio 2

Análise do filme O Nome da Rosa

O filme narra a história da investigação de misteriosas mortes que ocorrem em um mosteiro, na Idade Média. Retrata, além dos elementos culturais da época, como vestimentas, arquitetura, sociedade, um retrato o pensamento que regia o comportamento das pessoas: o teocentrismo.

É o monje franciscano Guilherme de Baskerville, junto com seu aprendiz, o Adso von Melk, investigam a verdade por trás desses crimes, rejeitando a crença de que as morte são causadas por uma entidade superior, um demônio, como acreditam as outras pessoas do mosteiro.

Baskerville tem um ponto de vista mais racional, e acredita que nem tudo que acontece é intervenção dessas entidades superiores. Ele observa comportamentos e acontecimentos suspeitos, e resolve investigar. Analisando pistas, rastros, que não se devem apenas no nível de imagem, do ícone, mas uma ação, um comportamento suspeito de alguém, um índice, ele percebe que há alguém que está matando para esconder alguma coisa.

Seguindo uma linha lógica, a narrativa guia o espectador na construção de sentido, na busca pela verdade, através das interpretações e conclusões resultantes da manipulação de signos e cadeias de semiose consequentes.

O filme não só explora o âmbito imagético, mas também utilizando o sonoro para a evolução da construção de sentido. Eles não são colocados de forma casual. Uma obra que trabalha bem as relações sígnicas para retratar e promover, através de uma temática de investigação criminal, uma reflexão sobre os modos de enxergar os acontecimentos e a influencia destes modos na interpretação em nossa mente, ou seja, a nossa visão de mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário